Régio da Emília é uma comuna italiana da região da Emília-Romanha, província de Régio da Emília, com cerca de 169.223 habitantes.
Os moradores da cidade de Reggio Emilia, no norte da Itália encontraram, após a II Guerra Mundial, uma cidade de escombros e junto dela, a necessidade de reconstruir suas vidas. Uma parcela dos cidadãos decidiu então que a melhor forma de reconstruir o tecido social, cultural e político da comunidade seria o caminho de construir uma escola com as próprias mãos. E assim aconteceu. Todos se responsabilizaram, uma comunidade inteira, juntos, reconstruíram as escolas e suas casas.
Um jovem pedagogo, chamado Loris Malaguzzi, inspirado pelas ideias novas de Jean Piaget, Lev Vygotsky, John Dewey e Maria Montessori, passava de bicicleta pelo local e se encantou com o que viu.
Começou assim o processo de construção da rede de escolas infantis e creches de Reggio Emilia. Hoje já são mais de 13 creches e 23 pré-escolas na cidade, contemplando 40% da rede pública do município, com o apoio da Fundação Reggio Children e do Centro Internacional Loris Malaguzzi.
Loris Malaguzzi foi o educador responsável pela grande transformação que a Educação de Reggio Emília sofreu após ser bombardeada. Ele tirou a invisibilidade da infância. Trouxe uma imagem de criança forte, competente, até então desconhecida dos educadores, mas hoje, claramente perceptível nas escolas.
“Reggio Emilia foi uma das experiências mais significativas em educação que já vivi. A emoção de conhecer a história e o contexto do surgimento das primeiras escolas construídas no pós guerra, com a abordagem “Reggiana” foi enorme. O desejo de formação por aprender mais sobre as ideias e práticas das escolas daquela cidade. Lá está um dos lugares mais inspiradores para quem se dedica à formação de pequenas crianças”, relatou Beatriz Gameiro, diretora da unidade Barra do Colégio Sarah Dawsey.
Reggio Emilia nos ensina a olhar as crianças de um modo diferente e nos mostra que temos ainda muito a percorrer na imensidão do que constitui os seres humanos.
As paredes contam a história das escolas, documentam projetos, exibem ideias pedagógicas. O encontro com as escolas de Reggio Emilia abre mundos novos a se conhecer. “Percebi o belo em cada escola. Uma sensação de preenchimento em minha bagagem imaterial”, acrescentou Beatriz Gameiro.
“Trabalhar com crianças significa lidar com poucas certezas e muitas incertezas; o que nos salva é buscar, ao invés de perder, a linguagem do encantamento, que permanece nos olhos e na mente das crianças. É preciso ter coragem para criar, persistentemente, projetos e escolhas. Tal tarefa cabe à escola e à educação.”
Loris Malaguzzi